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Manso Queimor Dacordado

by Vauruvã

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1.
Acorde a vaga essência dos signos; seja ao menos, ao menos outra vez peixe-pássaro nas nascentes - siga o aguará pela planície - semeie a vida por mais um milênio Para o lar das serras há caminho, há cura entre arroios e jatobás; não se esconda à vista das luas, persiga seu rastro até a aurora Reverdecer então será vir a ser florescência
2.
Ausência raiana para selva adorada, mansa queima d'alvorada; ardidos nós, breves sóis e morre céu, morro, mato Devorador arrebol celeste assaz ao revés solto vieste ó peregrino incendiário; oceano voador da cor se verte em fel de amor Fundo acima o mar que leve encima as dores ventadas perto a te encontrar lá fora desveladas regressarão nossas que vão-se além nobres dacordadas
3.
A fera nua da fronteira sonâmbula ciganeia de mato a morro agreste nas quimeras mais além
4.
Não mais vagar em busca e sim me ser contato finito ser que pulsa aos pés da árvore musa rogando à seu arco sangue feral primata Calor guia minhas flechas até pontas afundar em olhos de meus primos a lendária sanha dos baféus, trago das cafuas daquimérias sua seiva ossanomã Vento empurra meus dardos encharcados peçonhentos, os explode as veias todas, então banha-me abismo solar de sangue feral primata Bramir de acangaçu erode estes recessos por vanidade atormentados para arvorá-los e entregá-los à erma foz terral
5.
Desse pardo arcaico senso assombra-sol regressa baféu no grande ocaso desperto e livre amado Nômade oceano por instinto habitará sombras de manada Viver sem deuses homens com teu bálsamo feérico tragado a tanto mito e sonhos de cobre luz Pioneiro caminhante sorva a vida em ventania que idas juram retorno e fim sempre lhe achará olhos a dentro
6.
Vauruvã, se hoje um dia se for pela manhã a noite renascerá Como se ninguém soubesse o quão ferina, o quão arbórea sempre fora a tua memória que tantas solidões aquece Amanhã, quando dos rios vier te carregar aonde tudo se vai Como amigo de outro tempo enternecendo a dor, a vida; Vauruvã, filho desta ida, tu retornarás ao vento
7.
Os Ipês 12:00
Sob folhas secas, onde soterrara adormecido, desperta às primeiras ameaças de achar o que carece estar perdido – não teme miséria nem frio como fazem os insípidos de espírito, ao contrário, entrega-se, inda que ermo, ao brio desse apego tão sadio pelo insólito, pelo tardio provindo das densas inspirações, condutor ao íntimo do universo labiríntico pondo em curso caravanas de avejões, ao passo em que incendeiam tantas vidas e fortalezas assombradas ambas por incertezas e os sôfregos cânticos dos abantesmas - os trazidos da oligarquia dos mundos para, unidos, enfim, em nulidade, dormir também sob folhas secas no berço de serena eternidade, tão cara ao rosto dos oriundos dessa terra onde se embeber de saudade é amanhecer colhendo as velhas perdas

about

Bruno Augusto Ribeiro - Letras, voz e arte.

Caio Lemos - Instrumentos e arte.

Feito entre Agosto de 2020 e Setembro de 2021.

credits

released September 23, 2021

Dedicado à toda a gente da antiga.

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Vauruvã Rio De Janeiro, Brazil

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