1. |
Maresia
04:55
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Espírito velho caminha
a memória do sonho no tempo
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2. |
Sevuapó se Resta
04:31
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Daquimé, tristeza, ingãpá
ainda vos rogamos fogo
pela corrente serena
Era como somos nós
o dacordar da sapiência
suspeita bruna de flores
nos sopram verões inteiros
quando sevuapó se jaz
nos mares imanente
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3. |
À Verdade
05:52
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Nos exasperam caudalosas
matarias esmeralda
se há muito as vimos ter
com distância de colosso
mais que eras escondidas
Intrépidas afluem
dando em praias de opala
enormes matarias esmeralda
a nós, da ventania brava,
passam fendas estações
e deixam vapor marfim
por ares e lenda -
espuma, verdume,
ares e lenda
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4. |
Um Sopro Aluvião
08:20
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Das línguas desaparece
sempre estar aquém
vindo ar vestígio
na voz saída sustém
a doce venta em prece
Pedras mães te têm
quêimade avelhantado
vagam-te pelas mãos
perdem-te entre galhos
eternas como são
renascem-te o ninguém
Olvidado já de si
repleto o circunstante
continua à pés mover
mil sentires adiante
bem longe daqui
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5. |
Cantos entre Sangas
05:42
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Riacho nas pernas do povo
fez dimanar a corpos tingidos
comunhão por nós da ventania
com bestas sobre o nada
E até mato as chagas dominar
cantos entre sangas percorremos
cálidos à chuva pela estrada
até mato essas dores assolar
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6. |
Cadência para Ingãpá
06:50
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Morrer não te quer andando aqui,
sequer viver daqui virá
tarde mansa inda cair
enquanto ida lhe esperar
Ida fez teu corpo a pé
de ida para mar carcaça,
pois tome sol enquanto passa
inteira a vida à Daquimé
Se morte não te quer aqui,
se quer viver então terá
de andar à souto até cair
dentro e fundo se assombrar
dos movimentos deste mundo
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7. |
Viração
06:44
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Nós da ventania cavalgamos
o dia no lombo da torrente -
um arranque veloz, melodia
a nascente, um mar carcaça
desde que o tempo era jovem
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